Resenha: A Garota que Você Deixou para Trás

Hoje a resenha consiste em falar sobre um dos livros mais intrigantes e inteligente que já li. A Garota que Você Deixou para Trás retrata  a leveza de uma narração límpida mesmo em tempos de guerra, e até mesmo mais de 70 anos depois, onde persistência serve de estopim na vida de duas mulheres. Confiram: 


Título: A Garota que Você Deixou para Trás
Título Original: The Girl You Left Behind 
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 384
Ano: 2014
ISBN-13: 9788580574715
ISBN-10: 8580574714
Saiba mais: Skoob
Capa, Diagramação e Escrita: 5/5 
Versão digital: Adquiri no Google Livros na promoção por R$ 12,45


Sinopse:

"Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra.

Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo."



O livro:



A história permeia no ano de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, sob St Péronne, uma cidadezinha tomada pelos alemães  e com esse pano de fundo que nos deparamos com a história de Sophie, que teve toda sua vida desmoronar desde a partida súbita do seu marido Édouard para a guerra até o ambiente sórdido que aquele período representava. 

Além disso, ela teve que enfrentar também  a fome e as doenças impiedosas que permeava na época além do ambiente tenso e amedrontador que a guerra culminava. Sophie convivia com a esperança de encontrar seu marido novamente, mas enquanto essa lamúria não chegava ao fim, ela ainda tinha que suportar a presença de alemães jantando no seu hotel. 


"Essa era a história de nossas vidas: insurreições menores, vitórias miúdas, uma breve chance de ridicularizar nossos opressores, barquinhos de esperança em um mar de incertezas, privação e medo."

Sofreu por julgamentos das pessoas da sua cidade, além da cobiça  do então Herr Kommandant, homem sucinto, porém era uma incógnita,apaixonado pelo seu quadro (a única coisa que fazia ela se reconectar com Édouard).





"Quando você voltar, Édouard, juro que serei de novo a garota que você pintou."

Quadro que desencadeia  uma serie de reviravoltas, cheia de injustiças, onde o mesmo também é responsável por mudanças na vida de Oliver (Liv) Halston , que depois de mais 70 anos depois vê toda sua vida mudar por ele, quadro que foi presente do seu marido David, que faleceu há quatro anos.

Liv, precisa superar essa dor e seguir em frente, se reinventar, mesmo na imensa solidão da sua casa de vidro, e assim como precisa permiti-se a deixar Paul, um ex-policial divorciado, que o conhece em uma das noites mais despretensiosa que já lhe ocorreu fazer parte dela também,mas não será fácil. 


"Para ela, a multidão só pode ser uma afronta ao seu estado solitário. Eu já fui uma de vocês, pensa, e não consegue imaginar como seria voltar a ser assim."




"Quando você voltar, Édouard, juro que serei de novo a garota que você pintou."




Às vezes a vida é uma série de obstáculos, uma questão de colocar um pé na frente do outro. Às vezes, de repente ela se dá conta, é simplesmente uma questão de fé cega.


O que ambos não sabia, era como esse quadro mudaria a vida dos dois para sempre. 

Minha opinião: 

Sem dúvidas esse foi um dos livros mais incrível que já li, tanto pela escrita (Jojo Moyes vem me agradando bastante ultimamente) , assim também por todo arcabouço histórico que ela apresenta.

Eu particularmente gosto bastante de livros que possuí essa temática,  que retrata a Primeira e Segunda Guerra Mundial, assim como o Holocausto, entre outras que permeiam por esse meio. Deixo aqui também minha indicação a livros como: "Inverno na Manhã", "O Menino do Pijama Listrado", e o clássico "Diário de Anne Frank". 

Algo que também me chama a atenção, é a sutileza que ambas histórias se entrelaçam, como Sophie e Liv se parecem, onde são destemidas  e persistentes, mesmo sofrendo injustiças, e tendo suas vidas violadas e desvencilhando de toda confiança que elas poderiam representar. Todavia, nenhuma desistiu, mesmo lá fora não podendo ser como era antes, pois elas acreditavam que mesmo assim sempre havia alho bom para emergir. 




Espero que tenham gostado 


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