Hoje a resenha consiste em falar sobre o livro "Porque até a morte terei fome" da escritora Patrícia Colmenero.
Sinopse
"Uma mulher num salto agulha prestes a chorar como uma criança, assim se apresenta a personagem principal de “Porque até a morte terei fome”. Intensidade e desespero marcam o cotidiano da escritora de “algo urgente” que se fantasia por vezes de funcionária padrão em um escritório de advocacia, por outras de esposa servil do próprio chefe. O fim do relacionamento faz pulsar em meio ao caos o sentimento de perda. Amor ou hábito? Das estrelinhas brilhantes no teto do quarto restam agora somente as marcas de mofo."
Sinopse
"Uma mulher num salto agulha prestes a chorar como uma criança, assim se apresenta a personagem principal de “Porque até a morte terei fome”. Intensidade e desespero marcam o cotidiano da escritora de “algo urgente” que se fantasia por vezes de funcionária padrão em um escritório de advocacia, por outras de esposa servil do próprio chefe. O fim do relacionamento faz pulsar em meio ao caos o sentimento de perda. Amor ou hábito? Das estrelinhas brilhantes no teto do quarto restam agora somente as marcas de mofo."
O livro
A história começa exatamente no término de namoro de uma jovem com seu então chefe ( Túlio), onde o mesmo alega que ela não foi o suficiente para ele, mas será que não foi para ela?
Vemos a personagem se desfalecendo aos poucos, a ter que conviver com migalhas que Túlio deixou. Aqueles resquícios que nem ela sabia se a pertencia.
“Quem é que gostaria de se candidatar ao meu afeto? Quem é que gostaria de entrar, coração ante coração, na minha vida decaída? Quem é que gostaria de ser meu primeiro derradeiro amor, já que ainda não morri de nenhum anterior? Quem é que quer dar ao meu cotidiano de café e de filmes um infrene toque? Quem é que quer lábios com sede, e histórias de dor, e palavras cruas? Túlio não quis.”
Os fatos se intercalam entre o antes e o depois do seu relacionamento. Seja nos seus direitos violados, já que ela deveria fazer só aquilo que ele queria ( e quando queria), nos seus dias de monotonia quando ele não estava por perto, afinal é difícil encontrar a si mesma e saber quem você é quando tudo que é subsequente foi projetado nas mãos de um outrem, porém o dito cujo deixou escapar.
Ela é frágil, explosiva, deprimida entre outros turbilhões de sentimentos que aflora ao longo da história, temos seus momentos de escritora e seus colapsos de aversão a advocacia.
E essa é só mais uma história de amor.
Mas é pus, casa de botão vazia. Meu rastro.
Venho denunciar esta paixão.
A matéria-prima deste livro é o suco que sobra do beijo de todos os apaixonados."
-Deleite-se como eu me joguei sentindo-
"Eu nasci para amar e eu amarei esse amor para sempre. Eu sabia que ele viria. Encontrá-lo não foi uma surpresa agradável ou um terrível ardil do destino, era a concretização de quem eu sou.
E essa é só mais uma história de amor.
Mas é pus, casa de botão vazia. Meu rastro.
Venho denunciar esta paixão.
A matéria-prima deste livro é o suco que sobra do beijo de todos os apaixonados."
-Deleite-se como eu me joguei sentindo-
Ela é mulher, amante, profissional e poeta. Ela “é” até mesmo quando não se enxerga. Qual o nome dela?
Cabe a você leitor descobrir.
Minha opinião
Quando li o livro cada pedacinho meu se quebrou junto com os delas. Eu particularmente nunca vive um amor assim (e nem quero), mas acredito na premissa que todos estejamos suscetíveis a isso. Então, deixei o meu coração transpor para os mesmos sentimentos. Sentimentos de incapacidade quando não sabemos salvar nós de si mesmos ou daqueles sentimentos bons que circundam cada parte do nosso ser, porém o abdicamos para agradar o outro.
E foi assim com ela, cada pedaço deixado de lado, cada palavra silenciada para não importunar o seu amado para valer as afirmações "sou a mulher ideal para você" ou "conte sempre comigo ".Todavia isso não foi recíproco da parte dele.
E a verdade que seja dita, ela era sim mulher para ele ( não no sentido de posse, e sim de companheirismo), mas ele não soube aproveitar, e até acredito que ela também não, pois é necessário que ambas as partes estejam dispostas a se entregar uma pela outra, e isso não ouve.
Todavia, tais dias obscuros na vida dela foram necessários (porém não sadios ) mas culminou em sua paz interior, estar bem consigo mesma , e após vê-la juntando seus pedacinhos , aos poucos também fui juntando os meus, terminando assim feliz e grata por ter conhecido. Esse livro já entrou para a lista dos que me fazem refletir bastante.
Uptade
Fiquei feliz não só pela história em si (agradeço aqui todo o sentimentalismo que vivenciei) e sim também pela escrita, por como as palavras brincam e se tornam um grande poema nas entrelinhas. Assim como a capa e suas ilustrações, pois remete muito uma moleskine, além das ilustrações minimalistas.
Conheci a Patrícia Colmanero no Leia Mulheres-DF, que já falei nesse post aqui. Ganhei o livro de presente do meu namorado, com o intuito de ser nossa primeira leitura coletiva.
P.s.: Esse livro é um dos que será discutido no Leia Mulheres do próximo mês (dia 14/04) ás 20h na livraria Cultura do CasaPark.
P.s².: Como vocês podem perceber o blog está mudando ao poucos, com o intuito de oferecer algo melhor e mais organizado para vocês. Também queria agradecer por todas as visitas diárias, pois se hoje o blog está crescendo e obtendo alguma visibilidade é graças a vocês, então muito obrigada.
Espero que gostem!
Título: Porque até a morte terei fome
Páginas:202
Gênero: Romance, romance intimista
Categoria: Literatura nacional
Ano de lançamento: 2012
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